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terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Tempo

O Tempo


Que é o tempo? Pergunta aparentemente simples e de fácil resposta. Não nos iludamos, porém, com sua enganosa simplicidade. Todos conhecemos as noções usuais sobre o tempo como a sucessão de minutos, dias, meses, etc., Mas mergulhe um pouco mais fundo e ficará abismado ante a complexidade do fenômeno ‘tempo’. Santo Agostinho, confessou honestamente a sua dificuldade em definir o tempo, escreveu ele:



“Que é, então, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se desejo explicá-lo a alguém que me pergunte, não sei mais.”



Aristóteles na sua Física, fez uma penetrante análise que ainda hoje impressiona. Para ele o agora é uma partícula indivisível de tempo encravada entre o passado e o futuro e que de certa forma, tem de pertencer um pouco a cada um deles, do contrário não poderia ligá-los.



“O ‘agora’ é o fim e o princípio do tempo, não ao mesmo tempo, contudo, mas o fim do que passou e o início do que virá”



No início do século XX, Albert Einstein revolucionou a Física com suas idéias sobre o universo. Uma de suas equações demonstra o que ficou conhecido como paradoxo dos gêmeos, onde em uma fictícia viagem espacial próximo à velocidade da luz, um dos gêmeos partiria na nave e o outro permaneceria na terra. Passado dez anos na terra a nave retornaria, sendo que o para o gêmeo que viajou teria se passados apenas alguns meses. HCM entende que o tempo é realidade que transcende nossas limitações espaciais:



A divisão presente, passado e futuro é meramente didática, destinada a reduzir a termos compreensíveis uma realidade que, sob muitos aspectos, ainda nos escapa, mas que parece ser contínua e simultânea. O presente é apenas uma linha móvel que arbitrariamente imaginamos, para separar em duas – passado e futuro – uma realidade indivisível e global.



Então, O futuro já existe?

Somos levados a admitir, conjugado com a teologia, e a metafísica a dizer que sim: “é evidente que vivemos num universo perfeitamente ordenado, criado e mantido por uma inteligência prodigiosa, inconcebível para nós. O futuro, portanto, não poderia conter surpresas e imprevisto para Deus, suprema inteligência criadora: seria o caos. E se Deus conhece essa realidade – Ela já existe.



LEF - Lembrança de Um Evento Futuro:

Um acontecimento não raro que acontece com praticamente com todas as pessoas é a nítida sensação de que uma cena (uma conversa, por exemplo) que está acontecendo “agora”,nesse momento, e no entanto tem-se a certeza que aquela cena já aconteceu “antes”, exatamente da mesma forma. Ou seja, é como se tivéssemos lembrando de um evento futuro. A esse fenômeno estou atribuindo o nome: LEF – Lembrança de Um Evento Futuro.



Outro tipo de experiência que demonstra essa idéia, é realizada nos laboratórios de parapsicologia ou de pesquisas PSI. Onde sujeitos (pessoas que se submetem a experiência) tentam prever quais cartas ou imagens irão ser “sorteadas” por um programa de computador. Os resultados mostram um nível de acerto bem maior do que seria apresentada pelo acaso, ou sorte.



Podemos concluir daí que o futuro pode ser lembrado, ou seja observado antes que o fato aconteça. Temos aí, um paradoxo... Se o futuro pode ser lembrado, ele pode ser alterado? Há um determinismo absoluto na nossa vida? Como ficaria o conceito de livre arbítrio? ... Parada para respirar...Próximo vôo




O físico Stephen Hawking[1], cujo livro “Uma Breve História do Tempo” serviu de inspiração para o título desse capítulo, nos seus livros de física para leigos, propõe interessantes teorias para as questões como a origem do universo e a natureza íntima do tempo. Também propõe cenários onde se admitem outras dimensões “paralelas” a essa que conhecemos, com seres inteligentes pertencendo a essa realidade alternativa. No capítulo referente a “forma” do tempo ele diz:



“O que é o tempo? Um rio ondulante que carrega todos os nossos sonhos? Ou os trilhos de um trem? Talvez ele tenha curvas e desvios, permitindo que você possa continuar seguindo em frente e, ainda assim, retornar a uma estação anterior” Stephen Hawking.



O físico Laplace, século XVII, acreditava que o universo obedecia as Leis mecanicistas de Isaac Newton[2], e portanto se soubéssemos a velocidade e a posição inicial das partículas poderíamos teoricamente calcular todos os eventos que ocorreriam no futuro. Atualmente, de acordo com a física quântica existe o princípio da incerteza, que afirma exatamente o contrário, ou seja, nós não podemos conhecer a posição e a velocidade das partículas ao mesmo tempo. Fica então de acordo com a física atual a impossibilidade do conhecimento prévio de qualquer acontecimento futuro. Apesar disso certos fenômenos indicam que de certa forma pode se prever o futuro



Determinismo X Livre- arbítrio



A seguir tento mostrar o meu pensamento de como conciliar essa aparente contradição. Para a próxima fase desse quebra-cabeça precisamos nos armar de algumas ferramentas auxiliares:



Mente: O mais complexo elemento do universo;

Consciência: Instrumento da mente para percepção e ação da realidade;

Deus: A super mente e a super consciência;

Projeção: Capacidade de Projetar o Futuro;

Futuro P: O futuro projetado por uma mente qualquer.

A Memória e o Tempo, Hermínio C. Miranda, Editora Lacaster

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